Interrogo o passado que se faz tão presente quanto esse minuto passado, passando. Estive em tantos lugares diferentes ontem, e anteontem visitei tantos outros lugares que sou incapaz de me lembrar cada um dos detalhes que perpassam a minha mente, sem qualquer sinal de volta, apenas por incapacidade de esquecer, talvez, pela resistência em esquecer o que não deve jamais ser deixado de lado, pois há quem grite em nós, que o esquecer não passa de um grande simulacro.
Deixo de olhar para o meu espelho, deixo de me questionar, esqueço as conversas triviais e sem sentindo em frente ao reflexo absurdo do medo.
No passado estive em tantos lugares e em tantos outros que não me lembro, no passado recebi telefonemas que diziam, telefonemas que tinham voz de pessoas que estavam aqui, no passado, recebi outros abraços fraternais, agora porém outros braços devo encontrar. Não ontem, tampouco no mês passado... enquanto o futuro me imagina o passado sabe exatamente quem sou. Bruno Lima
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